O Nosso Terreno
Santo Isidro de PegõesÁrea Total – 147.500m2
Encontra-se a 50 km de Lisboa, 40km de Setúbal e 60Km de Almada.
Está a 3km da A13, com ligação à A2, A6 e A12.
Existe estação de comboio que esperamos venha a ter ligações no futuro ao centro de Lisboa.
Terreno com morfologia adequada ao projeto.
Tem uma linha de água que atravessa o terreno com potencial para criar um espelho de água/charca, uma floresta com sobreiros e pinheiros mansos e espaço mais do que suficiente para a construção que pretendemos.
O que já está feito
Em 18 meses avançamos muito, tendo-se já iniciado vários trabalhos no terreno.

Compra do Terreno

Terreno comprado em Setembro 2024
Pareceres/PIP

PIP condicionado aprovado pela CMM em 21/08/2024

Limpeza do terreno foi iniciada para facilitar os trabalhos prévios ao projeto

Estudo Geológico concluído

Cerca – trabalho já iniciado
As Habitações
- De acordo com o Pedido de Informação Prévia (PIP) apresentado na CM do Montijo, o Estudo Prévio prevê um equipamento com 5340 m2, distribuído em 2 pisos e cave.
- O piso térreo com 3140 m2 de implantação, o primeiro andar com 1800m2 e o piso -1, afeto a áreas técnicas enterrada, com 400 m2.
- A totalidade do Projeto a desenvolver em Pegões, para 60 habitações e um máximo de 90 cooperadores, estima-se que irá custar 10 milhões de euros.
- As habitações T0 ( 37 m2) T1 (68 m2) e T2 ( 81.5 m2) estima-se à data de hoje que irão custar qualquer coisa como 100 000 €, 190 000€ e 230 000. Neste custo estão integrados todos os custos do projeto, incluindo o terreno, áreas comuns, sociais, etc. Esperamos ter valores mais firmes e fundamentados no final de 2025.
- Até ao final do estudo prévio, poderemos ajustar ainda o nº de habitações, a sua tipologia e o eventual escalonamento do projeto.
- O Estudo Prévio entrará em discussão entre os Cooperadores, em Fevereiro de 2025.
A Colonia e a Comunidade
Não foi a ideia original de Rovisco Pais, o primeiro proprietário, que veio a vingar nesta Herdade de Pegões Velhos, quando dela a Junta de Colonização Interna quis fazer uma colónia agrícola. Por iniciativa deste organismo, entre 1937 e 1938 os 4700 hectares da Herdade foram divididos em casais agrícolas, cada um dos quais com cerca de 18 hectares de sequeiro, vinha, regadio e pinhal, aos quais o Estado acrescentava algumas alfaias agrícolas e um ou outro animal de lavoura. Em 1952 já cerca de 207 colonos e suas famílias se teriam ali fixado, muitos deles provenientes do Alentejo mais a sul, onde por certo as condições de vida eram madrastas. O regime de trabalho e ocupação era o de arrendamento, estando os colonos obrigados a pagar anualmente ao Estado, para além de 1/6 do que produziam, o “provisório”, pelo usufruto da casa e como garantia de uma posterior prioridade na aquisição. Após o 25 de Abril, por encontro de vontades entre habitantes e a Junta de Freguesia, a aquisição dos terrenos e casas acabou por concretizar-se.

Ao contrário do que veio a acontecer em outros projectos de urbanização, obedeceu-se ali a um plano bem concebido e implementado de que foi autor o arquitecto Eugénio Correia. A par das casas geminadas, cuja traça ainda hoje se pretende preservar, construíu-se igreja, escola primária, posto
médico, centro de convívio e, mais tarde, a cooperativa agrícola, quando o relacionamento entre os colonos permitiu formas de associativismo complementares. O traçado das habitações e dos equipamentos sociais é harmonioso, casa bem com a natureza envolvente e destaca-se pelo abobadado das coberturas que suaviza as formas brancas dos edifícios. O conjunto caracteriza-se por um estado de conservação bastante bom, o que só em si constitui um valor patrimonial a preservar.

A história do terreno

No terreno atualmente propriedade de A Casa, onde irá nascer a Habitação Colaborativa, a família Cardoso, vinda da Amareleja, ocupava-se do cultivo do arroz, favorecido pelo extenso lençol freático então existente, bem como da produção de hortícolas. Conseguimos facilmente imaginar, então, as mulheres da família a mondarem o arroz, as pernas metidas em água, atormentadas pelos mosquitos. Ou ocupadas nas hortas e com a criação, em dias de trabalhos mais leves, enquanto os miúdos estavam na escola e os homens nos campos mais distantes. Quase conseguimos visualizar a missa de domingo, certamente com as mulheres e os catraios à frente e os homens, meio joelho em terra, cá atrás, por baixo do coro. Ou ainda as grandes festas e ajuntamentos, como a matança do porco ou quando se juntavam vários colonatos para a troca e venda de produtos…

É aqui, neste espaço recheado de memórias, que a HCAC se vai instalar, contribuindo para mais umas linhas de história que se deseja feliz e bem sucedida.